E aqui estou eu, de novo. Sozinha, numa luta contra o tempo, em busca de algo que me preencha realmente, algo que seja a minha fonte de segurança e conforto. Pensei já a ter encontrado, mas parece que afinal aquele pote de ouro no fim do arco-íris não passava de uma mera ilusão.
Volto a questionar se algum dia serei capaz de voltar a amar tanto como amei e se algum dia me amarão como já amaram.
Será este mundo pequeno demais para encontrar aquilo que quero e preciso? Não me considero exigente. Só careço de algo que me prenda realmente aqui, que me mostre um rumo, que me diga que estou certa ou errada e acima de tudo que me aceite pelo que sou. Mas esta busca parece-me infindável. Com a dificuldade posso eu bem, ou pelo a menos assim penso. O mais complicado é aceitar este monstro que há em mim, conhecê-lo e mostrá-lo. Não quero voltar a passar pela experiência de me tentarem domesticar.
Só quero o que toda a gente quer: ser feliz. Antes pensava que era capaz de percorrer o meu caminho sem alguém do meu lado a impedir-me de desistir, pensei ser forte o suficiente, mas agora vejo que estava errada. Sozinha não chego a lado nenhum se não a um precipício, precipício esse que me conduzirá, por fim, ao abismo.
Não tenho medo do escuro, não tenho medo da solidão. Só sinto necessidade de um carinho, de um abraço forte, de alguém que me dê a mão e me mostre que há mais saídas para além das dolorosas que tão bem conheço.
Olho pela janela. Lá fora, os casais passeam, dão as mãos, trocam beijos e mimos. Lá fora há luz, há calor, há risos a preencherem o ar. Cá dentro tudo é frio e sombrio e o silêncio é tal que a batida do meu coração parece uma trovoada extremamente violenta e ruidosa. (e entretanto, fiquei sem inspiração. god damn it!)
Suri
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